Tentei convidar alguém para elevar o meu dia
e sentir o apelo da felicidade!
Queria oferecer uma taça de champanhe, para
que o brinde elevasse o nosso entusiasmo.
E assim foi!
O restaurante era magnífico. Tinha ido lá uma
vez e não me saiu da cabeça.
Bem perto do mar, onde as ondas vinham beijar
os alicerces em madeira e quando a maré virava tudo do avesso, vinha bater á
porta das traseiras. Mas ficando por ali já que mantinha um acordo cordial com
o restaurante, visto que, lá parava imensa gente que adorava o mar e
contava-lhe imensos segredos.
Ocupamos a mesa tão encostada ao mar que inúmeras
vezes seguíamos o rebentar da onda e ficávamos a ver onde ia parar.
Que cenário idílico.
Estavas um espanto. Como as mulheres sabem se
preparar para estas ocasiões.
Lá aguentamos o empregado cheio de delicadeza,
separando os melindres do peixe maravilhoso.
E o raio do homem não saia dali.
Era o peixe, era o servir o vinho, era a atenção
se estava tudo bem.
Baza homem, não vês que quero estar só, com
esta maravilha de companhia. Põe-te ao largo e só apareças quando te chamarem.
Estava tudo tão perfeito que eu emocionei-me
intimamente. Claro, não podia dar de bandeja tamanho trunfo para a beldade. Um homem
é homem!
Conversamos pausadamente por entre murmúrios,
não vá alterar o ambiente, belo demais para ser perturbado.
E conversar assim é romântico e eleva a
adrenalina de um encontro.
A dado momento, já a sobremesa tinha chegado
(depois de chamarmos o empregado), uma tarte caseira deliciosa, que o empregado
narrou a sua composição. Num tom de voz que parecia cantar.
Apetecia-me dar-lhe um murro nos queixos. Eu ali
a namorar a mulher e o Zé Tó, a emproar-se para mim.
Trás a conta e põem-te ao largo, Zé.
A minha companhia ria-se e brincava comigo.
.-Quer dizer, trouxeste-me cá para algo mais
que um jantar e tens um bonequinho a cantar para ti, enquanto te diz quantas
gramas de açúcar tem a tarte de maça, que vêm da Quinta do Marques, não sei
quantos!
Foi um momento divertido que levou a que a
minha mão encontrasse a dela e como os olhos falam em desejo, trocamos um terno
beijo.
Saímos de encontro à areia. Com o mar ali tão
perto.
Descalçamo-nos no último degrau de madeira
Caminhamos até á onda, sentindo a
areia húmida, fazendo cocegas nos pés.
A cada passo trocávamos beijos, não conseguindo
separar o nosso olhar.
De mãos entrelaçando os nossos corpos, conseguimos
deixar de ouvir o vento, que se mantinha presente numa harmoniosa brisa.
Ele (o vento) e o luar eram as únicas testemunhas num cenário
repleto de magia.
1 comentário:
Lindoooooo :)
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