Sinto saudades de um tempo
que se deixou apanhar pelas agruras desta vida.
Um tempo rodeado de conquistas,
dado a correrias loucas para encontrar o amor.
E ele surgia com classe, com
elevação, com alegria.
Com um sorriso belo, chegava
bem perto de ti e dizia-te olá.
Transbordavas de alegria e
eras feliz, na minha companhia.
E eu na tua, libertava-me
das amarras que me impediam de ser quem queria e confessava-te os meus sonhos e
as minhas necessárias conquistas.
As palavras com que nos encaminhavam
um para o outro, saiam-me floridas e davam-me um conforto suave já que muitas
delas estavam retidas no coração e então era chegada a vez, do coração falar
com a razão.
O momento de te abraçar era a magia do nosso
contacto.
Dura segundos, como se algo interferisse e obrigasse
a separar-nos.
Mas já nada nos pode impedir de transferirmos
as nossas emoções. E cada abraço dura uma eternidade, porque infiltra em nós sentimentos
que perduram.
E continuamos abraçados,
como duas penas esvoaçando.
O céu tão azul cobre-nos. Protegendo-nos
dos intrusos que gostariam ardentemente de destruir este amor, que nasce puro,
para se manter enorme e assim permanecer inviolável, pelos anos fora.
Dois corpos juntos
entrelaçados, unidos pelo mesmo sentimento.
Onde os olhos falam e os gestos amam!
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