sábado, 4 de maio de 2013

Dia Internacional do Bombeiro




Ser bombeiro é, não dormir há vários dias para que o fogo não avance e reduza a cinzas, as habitações e os bens das populações.
Ser bombeiro é, deixar tudo para entrar floresta a dentro e enfrentar o inimigo vermelho endiabrado, que galga encosta acima e dizima tudo em estilhaços tão secos, que amedronta a quilómetros de distância.
Ser bombeiro é, fatalmente ser apanhado pelo fogo que traiçoeiramente ajudado pelo vento resolve mudar de direcção, não dando hipóteses de salvamento e enchem de dor uma corporação, que voluntariamente acorre abnegadamente ao som estridente da sirene. Anunciando mais um fogo, quase sempre nascido pelas mãos assassinas de humanos psicopatas.
Ser bombeiro é ser parteiro (a) a caminho do hospital, quando o diabo da criança resolve ser teimosa, deixando nas mãos dos homens da paz, o primeiro berro para a vida.
Ser bombeiro é ser o primeiro a dar a mão e até mesmo a própria vida, a quem grita de aflição. Seja na terra, no ar, ou no mar!
 Estes são os homens que devemos honrar!
Sem medalhas, mas com elevação.
Sem discursos inflamados, mas dando-lhes condições materiais para a função.
Sem choradeiras em tempo de óbitos, mas apoiando as famílias muito para além do luto.
Sem elogios em alturas de fogos intensos. Mas elogios constantes a quem nada recebe e dá a vida por nós.
Ser bombeiro voluntário está no sangue, dizem todos eles. Mas como no meu não está, só queria ser como eles!

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