Ser bombeiro é, não dormir há vários dias
para que o fogo não avance e reduza a cinzas, as habitações e os bens das
populações.
Ser bombeiro é, deixar tudo para entrar
floresta a dentro e enfrentar o inimigo vermelho endiabrado, que galga encosta
acima e dizima tudo em estilhaços tão secos, que amedronta a quilómetros de
distância.
Ser bombeiro é, fatalmente ser apanhado pelo
fogo que traiçoeiramente ajudado pelo vento resolve mudar de direcção, não dando
hipóteses de salvamento e enchem de dor uma corporação, que voluntariamente
acorre abnegadamente ao som estridente da sirene. Anunciando mais um fogo,
quase sempre nascido pelas mãos assassinas de humanos psicopatas.
Ser bombeiro é ser parteiro (a) a caminho do
hospital, quando o diabo da criança resolve ser teimosa, deixando nas mãos dos
homens da paz, o primeiro berro para a vida.
Ser bombeiro é ser o primeiro a dar a mão e
até mesmo a própria vida, a quem grita de aflição. Seja na terra, no ar, ou no
mar!
Estes
são os homens que devemos honrar!
Sem medalhas, mas com elevação.
Sem discursos inflamados, mas dando-lhes
condições materiais para a função.
Sem choradeiras em tempo de óbitos, mas apoiando as famílias muito para além do luto.
Sem choradeiras em tempo de óbitos, mas apoiando as famílias muito para além do luto.
Sem elogios em alturas de fogos intensos. Mas
elogios constantes a quem nada recebe e dá a vida por nós.
Ser bombeiro voluntário está no sangue, dizem
todos eles. Mas como no meu não está, só queria ser como eles!
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