quarta-feira, 3 de junho de 2009
A Nuvem Negra da Abstenção
A semana já vai no inicio do seu meio e sinto um ar vazio no que toca às eleições para o Parlamento Europeu.
É confrangedor o clima estéril que se está a viver em plena campanha eleitoral.
Não à reboliço! Não à agitação.
Não se assiste a movimentos que anuncie uma caravana eleitoral. Nem uns simples automóveis com os megafones pendurados nos suportes que também dá para transportar as bicicletas, a entoar o convite para votar no líder xis, pertencendo ao partido (qualquer um).
Está tudo muito apático, o que não é de bom-tom!
É o princípio do fim para se caminhar de encontro a uma abstenção que vai deixar marcas.
Os partidos são os maiores culpados. Não conseguem mobilizar os Portugueses. Não descobrem soluções para ir de encontro aos Portugueses e mobilizá-los para de uma maneira ou de outra participarem nestas eleições e assim leva-los a no mínimo votarem.
A crise que teima em ganhar raízes nesta sociedade, também ajuda ao distanciamento dos Portugueses em relação à campanha Eleitoral. E se já sem crise a população resolvia punir estas Eleições com a abstenção. Nesta altura mais se vincará esse fenómeno da abstenção, porque muitos portugueses irão utilizar esse trunfo como forma de castigar quem fomentou a crise e como ela deriva de uma Europa desguarnecida perante a América, berço do inicio desse flagelo. Nada melhor que utilizar estas eleições como malho de todas as privações já passadas.
Eu como cidadão, custa-me assistir a este arrastar de uma campanha sem pingo de interesse.
Dá-me a sensação que para a maioria dos candidatos é um autêntico fardo, difícil de carregar e desesperadamente ansioso em terminar. Porque só os iluminados em lugares cimeiros podem aspirar a tão honroso cargo. Que dará um chorudo ordenado e regalias de encher o olho.
Argumento esse do ordenado e das regalias que levam milhares a renunciar ao voto. Porque segundo eles, é de gamela que eles pensam e não em conjunto com os Deputados de uma Europa cada vez mais dividida, em resolver os desequilíbrios tão notórios de um país para o outro.
Portanto, estas Eleições em nada alteram o rotineiro caminhar dos Portugueses. Nada lhes diz e como tal muitos deles nem lá vão pôr o pé.
E os partidos estão cientes desta atmosfera Portuguesinha. E aproveitam para com o tempo desta campanha, guerrearem-se uns com os outros nas crises internas cá do nosso quintal. Talvez preparando os grandes desafios que estão á porta, como sejam as próximas eleições já daqui a um virar de esquina.
Quanto às Europeias. No final o balanço será, num quase encolher de ombros: foi que se conseguiu num ambiente não muito favorável devido à conjuntura. E com a abstenção infelizmente a desequilibrar a balança dos resultados. Sempre uma constante assombração roendo os calcanhares aos Partidos. Autentico mosquito pirilampo teimosamente presente por onde andasse, fosse porta a porta fosse em comícios de trazer por casa.
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