sexta-feira, 26 de junho de 2009
Cavaco Como o Líder da Nação
Tem perfil para ser presidente da República, mas não tem o carisma de ser o homem em quem o povo possa acreditar e em seguir as suas doutrinas.
O seu papel também é muito de assinar positivamente uns despachos e uma vez por outra vetar uns projectos de lei, que na sua óptica esbarram nas suas duvidas em se é ou não constitucional e vai daí veta, obrigando a ser de novo apreciado no parlamento para as necessárias alterações.
Tem viajado muito. Matando os desejos da esposa em visitas à muito sonhadas, mas onde a oportunidade por artes magicas só chegou com o marido a Presidente, juntando-se assim o útil ao agradável.
Mas não é por aí que se irá fazer um bicho de sete cabeças, com isso pode o País. E as viagens presidenciais são um mal menor. Contribuindo para o presidente estar perto do povo e levar a bandeira hasteada na sua figura quando visita países amigos ou então países para estreitar relações diplomáticas e comerciais, tão necessárias como pão para a boca.
Lembro-me bem de Cavaco como primeiro-ministro!
Liderava um governo de maioria absoluta. Onde o quero, posso e mando eram apanágio da sua governação.
Foi um biltre para os trabalhadores que numa atitude de louvar, se uniram contra as suas petulantes decisões sem o mínimo de recuo.
Mesmo com indirectas de figuras prestigiadas do País, onde o Presidente fazia ouvidos de mercador, numa convicção que pensava ele, lhe davam a certeza, da certeza, que o que decidia era o melhor para os trabalhadores e fundamentalmente para o País.
Perdeu em toda a linha e numa união sem precedentes, o País parou numa greve geral que deixou o governo pasmado e principalmente Cavaco confundido.
Confundido com a enorme união entre os trabalhadores, que ele até ao ultimo segundo pensava não ser possível tamanha mobilização. Não esquecer que Cavaco governava com maioria, portanto governava a seu belo prazer.
E o Pais, parou de Norte a Sul, obrigando Cavaco a recuar nas suas políticas.
Foi o princípio do fim para Cavaco! Esmoreceu num términos do seu mandato sem honra nem gloria e não se recandidatando para disputar novas eleições pelo PSD, delegou a Fernando Nogueira, a batata quente de uma derrota já anunciada.
Cavaco passou uns anos a hibernar! Voltou à ribalta politica com a candidatura à Presidência. Perdeu e voltou para a toca repetindo a hibernação. E hoje é o nosso Presidente. Alguma vez o teria que ser, faltava-lhe essa honra num currículo feito a pulso como é seu timbre.
Mas a presidência para Cavaco não tem sido um mar de rosas!
Num inicio de boas relações com o governo e com a sua imagem de Presidente de todos os portugueses intocável.
Preocupado com as dificuldades de uma crise, que atola de desempregados a Sociedade, aumentando a pobreza e a exclusão social.
Sempre pronto para no contacto com as populações transmitir-lhes as suas preocupações e o possível apoio que ele como Presidente poderá facultar. Viu-se de um momento para o outro, envolvido no caso BPN, com a cruel realidade vinda a público do comportamento a todos os níveis escandaloso de um conselheiro de estado, por si nomeado.
Dos seus negócios com a SLN, proprietária do BPN, onde esse mesmo conselheiro e os demais responsáveis, lhe proporcionaram chorudas compensações por aplicações, à partida altamente rentáveis em prazos recordes, deixando no ar a ideia de os grandes amigos são para as grandes ocasiões.
Mas amigos desses para Cavaco, era melhor dar um tiro no pé. Porque mancharam o seu fato de gala que levará essa mancha até ao fim de um mandato que ele teima em tornar revoltoso, lembrando um passado de teimosia que deixou mossas.
Como se constatou ainda recentemente no reparo sobre a transparência dos negócios e dos comportamentos associados que se aplaude.
Mas o mesmo fervor não aplicou com os casos que acima relatei e que teimosamente o Presidente, repetia a quem lhe barrava o caminho de microfone na mão. Que a confiança continuava a ser o garante da continuidade em acreditar no que todo o Pais já à muito no virar de cada esquina sabia: a corrupção dessa gentalha amiga e pertencendo anos antes à equipa do presidente, enquanto primeiro-ministro.
Só esperamos que Cavaco não se incline para ajudar a criar condições para confundir os portugueses nas eleições que estão à porta.
Já se manifestou, que um governo com estabilidade era o melhor para o País. Portanto não ajude a ser a alavanca de uma mudança, que nada de novo trará, a não ser mais dificuldades aos portugueses.
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