terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Felicidade não Cai do céu! Conquista-se!


Hoje estou feliz!
Amanhã não saberei se o mesmo sentimento se vai apoderar de mim, com a mesma intensidade ao de hoje, porque o amanhã tem muitos ses e como tal é imprevisível assegurar tamanho sentimento que me tem iluminado até ao momento.
A felicidade não cai do céu! Conquista-se!
Conquista-se com as armas que possuímos e que vamos aperfeiçoando e modernizando através dos anos, para equilibrar os pêndulos de uma balança que se quer calibrada para pesar os prós e contras, das oscilações diárias onde os pratos, de um lado se enchem de desafios exigentes. E do outro, os obstáculos que se ultrapassou e no final o resultado é a felicidade ao longo destes anos pura e simples, maravilhosa e apaixonada.
A felicidade pode ser um punhado de areia, que se transporta nos calções de banho, depois de uma praia perfeita. Onde se chega pela manhã e perante a neblina cerrada que abafa o sol, não o deixando despontar para aquecer a areia e temperar um pouco a água para que nós possamos mergulhar nela e possamos refrescar o corpo e o espírito.
Mas a neblina também queima e convida à caminhada praia fora chutando a água que vem ter com os nossos pés, trazendo o sargaço que ao longe dá sinal de vir parar à areia algum tempo depois, que até embeleza os nossos pés entrelaçando-se nos dedos, parecendo sandálias reais que transportam os nossos pés, alguns metros pela areia revestida de minúsculas pedrinhas que coçam a planta dos pés, criando uma sensação de massagem terapêutica.
Mas o sol com todo o seu esplendor, afasta a neblina para os confins do oceano e abençoa toda a praia. Origina aglomerações de banhistas de encontro ao mar.
Pais levam filhotes, alguns ainda bebés, aos primeiros contactos com a água. Onde muitos chapinham nas pocitas que o mar recuando no princípio de maré baixa deixou como prenda.
Belas jovens entram na água, pé ante pé, não por medo de assustar alguma sereia. Mas à falta de ar que a água fria origina ao pequeno contacto com aqueles sedutores corpos que parecem quebrar os sensíveis ossos.
Logo alguns jovens atentos à deslocação das beldades, se posicionam a par das pobres criaturas, que não param de se lamentar da água fria. E tentam, quem sabe, com frases galantes e movimentos calculados, causar algum calor e dar alento às miúdas para as levar a mergulhar e assim quebrar o gelo que barra a prosseguir com a entrada mar dentro.
E lá vão todos juntos rumo às ondas e aos mergulhos que originam gritinhos estridentes e risinhos maliciosos.
E lá estamos, eu e os filhos a dar cambalhotas a cada onda que vem de encontro a nós e com ela lá vêem as algas que se enrolam nas pernas e nos braços.
São ondas vistosas que extasiam qualquer um e zás corpo inclinado, mãos bem esticadas e, onda passa para rebentar na inclinação da areia e nós aparecemos momentos depois, limpando a água dos olhos e prontos para mais uma e mais uma.
O banho quente retira a areia colada ao corpo e restos de algas que mais parecem tatuagens que se colaram e agora desaparecem pelo ralo da banheira e irão de certeza ter como tumulo o mar de onde vieram coladas a alguém.
Eu colo-me a um corpo limpo, tentando desenhar uma tatuagem simbolizando o amor que penetre pelas entranhas de um ser e marque o meu território para toda a vida.

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