quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As Quezílias dos Deputados Crescem a Olhos Vistos



O Parlamento está a servir para desancar ora no governo, que volta e meia é devolvido à oposição, num ambiente sem semelhanças até então. Ora entre deputados, sejam já experientes nessas andanças, sejam novatos a ocupar tão elevado cargo.
E o pior é o nível baixo de linguagem que se usa para desancar nos visados.
A missão de um deputado aos olhos da opinião pública já é sombria. Cheia de interrogações quanto ao que deles se espera. Pede-se que estejam ao lado das populações que os elegeram e na maioria dos casos estão mas é ao lado dos seus interesses pessoais e o resto é conversa. Mas agora assistir a autênticos duelos carnavalescos como o de hoje é demais!
Não interessa estar perante a Ministra da Saúde, na comissão parlamentar, onde se deslocou para responder a questões tão pertinentes. Acho que se fosse o Papa era o mesmo. E toca a abrir as goelas e pumba lá vai bomba e toma lá deputado socialista que levas-te para contar e de permeio levas com palhaço em alto e bom som.
Caldo entornado e comissão incrédula perante tamanha ousadia da deputada.
Logo o deputado visado com o sangue a subir-lhe à cabeça ripostou prontamente. E não adiantava o presidente meter-se no meio para tentar parar com o pingue-pongue de descobrir o rabo aos dois, porque nenhum deles fazia questão de se ficar por ali.
E nós portugueses que elegemos esta gente, assistimos a estes folhetins de roupa suja, que pensávamos erradicada de tão distinto palco, entrar no caminho de se generalizar e bater no fundo.
Se tal acontecer e espero que fique por aqui, para isso alguém com responsabilidades neste País terá que dar um murro na mesa e por na ordem os desordeiros que estão a manchar o Parlamento, de zanga de comadres com birras de adolescentes traídos.
O novo Parlamento ainda não aqueceu o lugar e já contabiliza cenas impróprias de um País Europeu e Democrático!
Impera o nervosismo e o autoritarismo de um lado, onde deputados habituados a fazer valer as suas convicções, são hoje postos em causa com o diz que disse de uma comunicação que mete veneno para o lado que mais lhe convém.
Impera a inexperiência e a pouca preparação de quem ainda agora chegou e de quem está lá para se projectar e tirar dividendos pessoais e que logo caí na tentação de responder na mesma moeda perdendo desde logo a razão que possa ter ao ser tão directamente insultado.
E nós vamos assistindo a este fogo cerrado manchando a passos largos toda a credibilidade de pessoas que lá foram postas com o voto de milhões de portugueses, para enriquecerem a nossa democracia e nos dar garantias de defenderem as regiões para os quais foram eleitos.

Sem comentários: