sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Os Dias Cinzentos e Húmidos não Alegram a Esperança




Os dias não aquecem e com isso trazem a melancolia às pessoas.
São dias e dias de frio e chuva irritante. Aquela chuva miudinha que parece que não molha, mas ensopa quem caminha, pensando que foge de meia dúzia de pinguitas e quando dá por ela está molhado e frio. Gelado até aos ossos.
Os dias cinzentos e húmidos, acompanham a vida deste país mergulhado em vicissitudes tão reais como a vida de milhões de todos nós que por mais que nos esforcemos, vemo-la a andar para trás. Ou então parada numa irritação de nada podermos fazer para que a alavanca destrave e faça com que ela inicie novamente o percurso da alegria em que todos temos o direito de viver. Sabendo que levamos em atenção de que nem todos podem viver num mar de rosas.
O FMI, já alertou para o que de medidas Portugal tem que tomar para que o défice não aumente. E lá vamos ter que apertar novamente o cinto, porque vamos sentir na pele, o aumentar de impostos, os subsídios a serem congelados e os aumentos de salário num STOP angustiante que não abonam em nada, para que se possa fazer contas à vida.
O nosso Ministro das Finanças, sempre muito optimista quanto ao pior já ter passado e claro, fazendo sentir nele próprio que estávamos num período de eleições, em que nada podia ser feito na medida de alterar o estado do povo, então deixando o optimismo no ar para quem o ouvisse. Agora depois de já ter passado a agitação eleitoralista. Lá tem que apresentar o orçamento rectificativo, para contrabalançar os gastos excessivos e as reduzidas receitas, num mar de dificuldades que o País atravessa e sem data para se realmente vaticinar o seu fim. Para que a tão desejada retoma seja a realidade que milhões tão ansiosamente esperam.
O desemprega galopa a olhos vistos, como cavalos selvagens sem hipóteses para já, de ser controlado.
Deambula pelo País de lés a lés, como a gripe A, e contamina qualquer um de nós. Não escolhendo actividades e nem caras lindas.
Lança para o lamaçal da depressão Social milhares de pessoas, que se vêm em bicos de pés para fazer face aos encargos assumidos, quando tudo eram rosas num espiral de consumo que parecia não ter limites.
E como se vê os limites foram repentinos! Deixando cair em desgraça famílias inteiras de um momento para o outro, que se vêm metidas num colete-de-forças, sem horizontes risonhos de lá saírem.
A população salta como cangurus à procura de uma saída para tão grave dilema. São saltos sucessivos num desespero de fazer parar o coração.
Muitos deles desistem num cair para o lado de tão exaustos que estão para transpor a porta do sofrimento. Ficando ali enclausurados num esgar de resignação, esperando que algo os leve, seja para bem longe daquele sofrimento e que lhes traga ao menos a consolação de acabar os dias com a dignidade que um ser humano merece.
A Segurança Social tem responsabilidades reais em acolher estes desesperados. É a Instituição que milhões se estão a agarrar para no mínimo conseguir viver condignamente e outros mais, sobreviver.
Mas a nossa Segurança Social anda pelas ruas da amargura e pode ter os dias contados num prazo já tão curto que está a assustar todo o País.
Esperemos que se mantenha à tona da água para ajudar quem mesmo necessita e assim esperar que o mundo vire na direcção da recuperação económica e assim podermos voltar a sonhar em sentir a alegria de viver com a qualidade de vida que todos merecemos.

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