quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Benfica Mostrou Estofo de Reconquista




O Benfica superou a barreira das grandes decisões.
Depois de Braga, onde caímos como os grandes rivais sem apelo nem agravo e também caiu um pouco o tesão de tudo levarmos em frente. Que nos deixou ver Braga por um canudo. Chegou a partida em Olhão onde o futebol de primeira era já passado, de um século que já deixou saudade e também travos de boca num resultado que se queria vitorioso e do mal ao menos, nos safamos nos últimos sopros do encontro.
Regressamos ao ninho da águia cabisbaixos e na incerteza de podermos levantar a cabeça rumo ao primeiro lugar como todos desejamos, mas de difícil certeza, quando terminou o jogo em Olhão.
Perante este cenário do tremelique do costume, passou-se a semana esperando o Porto e desde logo se vaticinou o cair aos pés dos grandes rivais que nos atormentam ano após ano.
Como as lesões se sucediam, juntando aos castigados que não aguentam a pressão em vésperas do jogo do firmamento. Mais se acentuava o céu negro pelas bandas da luz.
Chegou a quinta-feira europeia e com mais uma vitória, a moral elevou-se e preparamo-nos para receber os azuis e brancos vindos do norte rumo ao sul da consagração, convencidos estavam eles.
O Benfica é Benfica e a história não desmente tamanho poderio deste clube e toca a puxar dos galões e vencer os tetra campeões!
E assim foi, numa primeira parte de domínio constante. Onde empurramos os azuis da terra das tripas para o seu lugar bem perto da baliza para não sofrerem mais dissabores e aguentarem o pequeno pecúlio que arrecadamos, na chegada às cabines para descansar e enfrentar a segunda metade.
E no final erguemos os braços para todos os benfiquistas mostrando que superamos a barreira psicológica de aumentarmos a vantagem, deixando KO um adversário directo. Longe de outros tempos, com armas diferentes que compravam dificuldades, transformando-as em normais lanças apontadas às balizas adversárias que furavam as redes e lançavam a certeza de a todos vencerem.
Acabamos o ano na frente com a companhia de quem foi o único que até agora nos venceu.
Tem esse mérito e goza também merecidamente do lugar da frente.
Caminhamos para a reconciliação com o prestígio já sobejamente reconhecido, mas de saudosas recordações.
O novo ano, na senda do que agora está a findar será tudo o indica a retoma das grandes noites. Porque o Benfica é o maior clube português e aquele que ainda reabre fronteiras em países tão longínquos que quando aqui é dia, lá será noite cerrada.

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