domingo, 7 de fevereiro de 2010
Os Portugueses Adorariam este Esforço em Prol das Soluções para a Recuperação
Terminamos a semana exaustos, pelo inundar sistemático das disputas dentro do parlamento sobre a lei das finanças regionais.
A cada hora e juntando as horas de cada dia, verificamos que a correria entre lideres da bancada de cada partido era semelhante ao corre-corre, estilo comadres para ver quem disse. E quem tentou dizer o que quer que fosse, para alterar ou não o sentido que uns desejavam e outros não aprovavam.
Negociava-se não sei bem o quê, nessa correria que o PS tentava adiar o inadiável e a oposição desta vez unida num propósito fazia fica pé da sua decisão.
Os nervos da bancada socialista eram evidentes e como a oposição fazia disso um trunfo que deixava antever sorrisos de satisfação, mais se assemelhando a achas que alimentavam o fogo que o governo de sirenes bem audíveis tentava apagar sem êxito. Fez com que Sócrates chamasse a líder do PSD numa emergência prontamente satisfeita, mas de nada valendo já que o propósito de votar a favor era um dado já praticamente adquirido.
Bem se esforçou o ministro das finanças num voo picado até aos portugueses via TV, dando conta do gigante passo que a oposição iria dar em direcção ao abismo. Ao aprovar mais um luxo para a Madeira, permitindo mais um endividamento de uma região através dos impostos dos desgraçados portugueses do continente que passam por dificuldades enormes. E ele aí estava para nos lembrar que se isso acontecesse iria tudo fazer para usar uma lei aprovada pela líder da oposição enquanto governo, para deitar por terra essa aprovação e assim fazer valer a sua (do ministro) determinação em não dar mãos beijadas, a uma região que faz a festa, lança os foguetes e apanha as canas enquanto o diabo esfrega um olho, em folclores carnavalescos dentro e fora de época.
De nada valeu porque a lei foi aprovada por toda a oposição, destacando-se no slogan dos dirigentes de cada partido, de que a aprovação era dirigida para a região madeirense e não para Alberto Jardim, que nesta matéria não passava de um mero presidente de uma região autónoma que necessitava de mais um endividamento para fazer face a não sei bem o quê.
O PS, ripostou de uma forma enérgica pelo novo ministro Jorge Lacão, (que fica a léguas do seu antecessor, que ainda a procissão ia no adro, já teria mandado uns bitaites arrepiantes que iriam fazer as delicias da comunicação social), dizendo que o governo irá fazer tudo para impedir que a lei seja uma realidade, usando o trunfo deixado em aberto pelo anterior governo.
E assim se passou vários dias num tira teimas entre oposição e governo. Onde a oposição aproveitou para mostrar que está ali para as curvas e mostrar a Sócrates que o tempo do quero, posso e mando passou à historia e vai fazer parte da era da outra senhora.
Com isto esquece-se o mais importante para o Pais, que é a grave crise social que a cada dia que passa afunda os portugueses e põe o Pais no abismo da banca rota, onde nem os já milhares de sapateiros que voltaram a encher as vilas e cidades, numa arte que se imaginava extinta, conseguirão coser.
Se o esforço que se empregou em toda esta aprovação ou não da lei das finanças pelos partidos. Fosse de igual modo em prol do País de encontro à recuperação económica, de certeza já estaríamos a ver uma luz ao fundo do túnel da Gardunha como sinal de que realmente ultrapassamos a barreira da crise e entramos nos degraus da subida em direcção às estrelas do firmamento que encherão os corações de alegria, deitando o sofrimento pela latrina.
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