terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os Cem dias dos mais de Mil que estão pela Frente



É isto que o governo enfrenta.
Depois de cem dias, onde superou grandes desafios, começando por remodelar uma equipa acabada de sair de uma maioria e chamou três ministros que foram presenteados com pastas rodeadas de agitação social.
A educação onde ao longo do último mandato, foram constantes o tête à tête da ministra e dos sindicatos, com o apogeu numa manifestação que encheu a capital de professores descontentes, outros encostados aos descontentes e outros mais encostados aos cabecilhas para se resguardarem da inércia que manifestam para a profissão que ocupam.
Entrou nova ministra e como tal, tudo é diferente e Isabel Alçada conseguiu para já levar a água ao seu moinho e acalmar as feras sindicalistas.
Troca na pasta do trabalho, um bom ministro salta para a economia e deixa entregue este ministério, onde a crise social é tão evidente que ameaça desequilibrar uma sociedade repleta de esfomeados sem trabalho. A uma ministra vinda do coração da Europa onde exercia a sua vida profissional e logo que se viu sentada com o tamanho de dossiers para analisar, abriu a boca de espanto com os números oficiais do desemprego, sabendo que por baixo da mesa estavam os não oficiais que ameaçavam instalar-se junto dos compadres que tem carimbo governamental.
Mas nestes cem dias o combate era mesmo o orçamento para 2010.
Tudo foi programado ao milímetro! Convocou-se a oposição, aquela que dava garantias para ombrear com o sucesso da sua aprovação.
E no jogo do gato e do rato onde um pedaço de queijo dado a um sem ratoeiras e uma boa bucha de pão-de-ló, dado a outro esfomeado por poder fazer sentir a sua importância na política portuguesa. Fez passar o OE2010, para bem de todos nós, acalmando os mercados e sossegando os homens que mandam neste país.
Cem dias que voaram para o governo. Cem dias que uma grande fatia da população vergou a coluna para os suportar.
Cem dias que nada de bom trouxeram para os próximos cem e a encruzilhada da situação difícil em que nos encontramos irá se manter inalterada.
Cem dias, que somando aos próximos cem. Em que tudo se manterá na mesma. Vai obrigar ao desânimo quase geral, já que temos a certeza que os próximos cem que nos levará ao pico do Verão. Serão a estufa infernal da chaga de todos os males e todos os dedos estarão apontados em riste à falta de soluções para diminuir os graves problemas que nos afundam no abismo que começa a não ter suporte para os mais carenciados.
Cem dias de mais aflições por entre temporais de enormes prejuízos e desoladas lamentações. Onde o novo ministro, com cara de despachado, já fez saber num raide que deixou atónitos os lesados, já que o antecessor pedia licença a uma perna para avançar com a outra. Que a prontidão em apoiar os prejuízos era primordial já que estava em causa o celeiro hortícola que abastecia a capital.
Cem dias do mesmo, onde Sócrates e a sua equipa remam quase a seu belo prazer uma governação sem oposição. já que esta, está órfão de pessoas com ganas em querer mudar um país que se habitua a ser dos primeiros a caminhar com as diferenças (oitavo no mundo na aprovação dos casamentos do mesmo sexo) e dos últimos a dar qualidade de vida ao seu povo que emagrece até aos ossos, no hábito de ser nestes longos anos, o mais do mesmo.

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