terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apesar do Calor um Arrepio percorre-me ao Ler a Facilidade com Que se Tira a Vida a uma Pessoa


O calor chegou para valer!
Nem mesmo a esplanada do costume, onde não corre uma aragem que encha os pulmões de ar fresco, salva a situação deste calor que tudo tolhe.
Esplanada com os clientes do costume e queixando-se do mesmo. Notando-se os imigrantes que estão em toda a parte, parecem as moscas (sem ofensa), onde numa algaraviada francesa, chamam a atenção dos filhos que não param quietos, quebrando o sossego e deixam poucas hipóteses de dar uma vista de olhos ao jornal que poucas noticias trás de encher o olho politico, mostrando deste modo que as férias adormecem o País numa sesta repetitiva.
Mas sempre leio que o processo Casa Pia não tem fim à vista. E enchem duas páginas, mais do mesmo. Ou seja, recapitulando todos os passos que o processo conheceu desde o seu inicio, com as personagens acusadas, ladeadas com o historial desde o destapar da manta que encobria o que muitos já estavam cansados de saber.
E sem final à vista, mais capítulos se irão desenrolar depois do final das férias e gastando o dinheiro de todos os contribuintes, alimenta-se um folhetim, onde os acusados de nome gravado na opinião pública se dizem inocentes das cabalas montadas contra o seu bom nome. Acabarão por levar a melhor contra tudo e contra todos e farão parte dos linchados da Sociedade (irão eles lamentar-se o resto dos seus dias), que de um processo que correu mundo e rios de tinta que dava para mudar a cor dos oceanos. Terminou numa montanha que pariu um rato, sendo esse rato o ser humano que estava pronto para todo o serviço. Servir os que são inocentes e as sobras com que ficou irão ser a sua condenação.
Fico pasmado com o que vem no jornal e que salta logo à vista: a enorme facilidade com que se tira a vida a uma pessoa. Basta uma discussão mais acesa, basta uma divida que se atrasa no tempo não muito longo, basta o interesse em se apoderar dos bens do cônjuge. Basta um simples assalto de meia dúzia de trocos e lá vai um chefe de família, ou um filho que era o amor de dois pais, para a escuridão do apodrecimento. Ficando só a revolta e a saudade como consolo.
Perante isto ninguém diga que está bem em qualquer parte do País
Viramos um Brasil de reduzidas dimensões, onde num virar da esquina somos surpreendidos por um ou dois calmeirões, prontos a roubar-nos os bens e a dar-nos cabo do coiro ao menor gesto de reacção, que muitas das vezes é o enorme susto que origina a reacção sem controlo.
Claro que não podemos nos esconder em casa, porque também aí os amigos do alheio nos surpreendem sem serem convidados.
E toca a levar o nosso recheio de uma vida e a certeza de que o, que os ladroes levam às costas nunca mais regressa ao seu canto.
Cautela mesmo é com a reacção (ou sem ela), porque estamos sujeitos a levar um balázio de bandido, que quando sai é para matar e só um milagre nos salvará.
Portanto vou deixar de pensar nisto por agora e como o calor é para todos, vou a banhos que a praia não é longe.

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