segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Um Sonho Inesperado
Numa noite estrelada, onde milhares de aglomerações de estrelas que vejo a olho nu, me despertam para sonhar com o alcance do mundo e tudo o que ele tem de bom. E como tal, sinónimo de prazer sem limites. Então começo a enumerar o que queria alcançar de uma vez só!
Procuro as estrelas que se destacam por entre a imensidão das suas irmãs.
Umas mais próximas. Outras bem distantes do nosso planeta e a cada uma delas atribuo um desejo, começando pela que logo despertou a minha visão e peço-lhe:
Eu queria ser mais forte do que sou!
Miro a segunda como se de uma prova de amor se tratasse e meigamente desejo:
Necessito de ultrapassar barreiras, vencer obstáculos, saltar abismos sem fim!
Descubro quatro bem juntinhas, que me recordam um trevo de quatro folhas bem raro, como também é invulgar o pedido que lhes faço:
Queria abraçar este mundo onde habito e o que continuamente transporto em sonhos.
Percorro demoradamente um imenso corredor de estrelas procurando aquela com formas exóticas, para meio excitado, lhe suplicar:
Quero besuntar-me de prazeres de toda a ordem. Que crescem, crescem. Antes que o fim bata à porta, porque infelizmente tudo tem um fim!
Ainda ensonado num mar de desejos. Mas rodeado de quatro paredes, com o barulho citadino a acordar-me para a realidade no reboliço diário que movimenta a zona onde vivo. Revejo o meu sonho e tudo o que o envolveu!
Então respondendo às perguntas do meu sonho que as estrelas transportaram até mim, abro a realidade da minha vida e vou colmatar o sonho com a realidade.
E obtenho as seguintes respostas reais, para os desejos do Aladino.
Sou forte feito da massa que viu a luz do dia logo que saí do ventre da minha mãe.
Ultrapasso as barreiras que me surgem, enquanto venço os obstáculos do dia-a-dia, depois de ter já saltado dezenas de abismos que poderiam ditar o meu fim prematuro.
Abraço o mundo que me suporta tão intensamente para dele retirar todo o sumo que me alimenta. Deixando de sonhar com o perfeito, dado que a perfeição é o abismo dos sonhadores que morrem sem terem acordado para a realidade.
Prazeres já eu possuo!
Os da paixão da esposa.
Os carinhosos dos filhos que são a felicidade diária.
E a ternura da sensação de assistir ao nascer do dia todas as manhas com força em sair para o mundo que me tenta esbofetear o rosto mas tenazmente lhe ordeno: mostra-me o que hoje me destinaste, para eu enganar o destino que me reservaste
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