sábado, 8 de agosto de 2009

A Feira do Artesanato, dos Insufláveis e das Tasquinhas



Tenho curtido a Feira de Artesanato aqui na minha zona quase diariamente. Gosto de visitar os stands ricos em artesanato essencialmente local, onde somos os maiores do País. E ouvir alguns minutos as bandas que por lá passam, sentado a tomar um café com excelente vista para o palco, numa música de agrado aos visitantes muitos deles dançando o vira, porque é disto que o meu povo gosta. Que os deixam alegres e satisfeitos por mais um dia de feira, onde deram graças à diversão e como tal esquecem um pouco as amarguras do dia-a-dia.
Gosto de ir lá jantar nas tasquinhas, das várias colectividades do concelho.
Desde as desportivas, aos grupos folclóricos e grupos sociais. E ontem lá fui já eram vinte e duas horas, confesso que levava um largo apetite, depois de uma tarde de arrumações e passeio de bicicleta para alegria do puto e para desanuviar um pouco a tarde para mim.
Escolhi uma delas que naquela hora continuavam todas repletas de pessoas, jantando calmamente e ouvindo o cantar ao desafio como forma de entreter quem lá jantava e quem também se encostava a ouvir um mano a mano de piropos bem alegres que animavam largas centenas de pessoas.
Jantei picanha e caldo verde! Soube-me pela vida. Estava espectacular!
Fiquei admirado num tasquinho improvisado, o basquetebol local conseguir servir uma picanha realmente de elogiar e feita na hora para satisfação cá do guloso por picanha, pela dedicação de meia dúzia de pessoas dedicadas ao clube e pela pontual ajuda de empresários pouco conhecidos nestas andanças (o que fica sempre bem), que emprestam a sua ajuda no grelhar das carnes e do salmão com molho verde.
É acolhedor presenciar as jovens do basquetebol, que de certeza em suas casas pouco ou nada fazem, mas na barraquinha do clube, esmeram-se por servir as mesas fardadas com as camisolas do clube bem verde como a esperança, dando todo o esforço pela causa da ajuda à continuação do mesmo. Só recebendo as gorjetas e a oferta da camisola para os treinos juntando à única que tinham.
Depois de deixar a recompensa porque a garota bem mereceu, sempre atenciosa e graciosa, apesar já de aspecto um pouco cansado, o que não é de admirar. Levo o filhote de encontro aos insufláveis que enchem a arena do pavilhão, para gáudio de centenas de miúdos, que não se cansam de engrossar as filas à espera da sua vez para subirem lona acima, deixando-se cair de todas as maneiras autênticos corpos inertes, até ao fim do insuflável que adquire a forma de uma máquina flipper gigante.
Mais quinze minutos de espera para entrar no jogo de matrecos e cinco de cada lado lá tentam marcar um golo que é festejado ruidosamente pelos marcadores. Num frenesim histérico que não tem fim, já que novamente entram noutra correria para chegarem o mais rápido possível à fila sempre longa, esperando pela já nem sei quantas vezes, vez de entrar sofregamente lona acima…….
Por fim na visita pelas dezenas de stands a abarrotar de Artesanato praticamente sem compradores, mas imensos visitores. Compro as famosas pantufas de Monforte para agasalhar os pés nas longas noites de inverno, que não é muito rígido, mas friorento até dizer chega.
E termino a romaria na visita dos outros stands de enchidos e os vinhos da região que se associam à feira. Onde muitos visitantes provam os aperitivos juntamente com o copito de vinho delicadamente oferecido pelas meninas, numa de chamariz, para levarem uma caixita de três garrafas do que sobe à cabeça, mas a maioria foge ainda a mastigar a oferta, não dando tempo a dar a intenção de poder levar o que quer que seja.
Aceito a oferta de um naquito de pão com queijo da serra a cobrir e de um copito de vinho tinto verde, para que o pão escorregue até ao estômago. Até brinco brindando com a minha jovem à saúde…. Da nossa felicidade!
E deixando a menina satisfeita por adquirir as três garrafas, deixo o filhote levar a caixita do vinho por entre a multidão que enche o enorme espaço do parque da cidade rumo à saída, de encontro a casa que a noite já vai longa e o descanso chama para quem vai uma horas depois trabalhar, porque de boa vida anda este mundo cheio infelizmente.

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