quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Obama Tirou um Coelho da Cartola na Insulada Coreia do Norte



Obama jogou pelo seguro na certeza de poder colher frutos com a Coreia do Norte.
Tentou uma aproximação concertada com o líder coreano já debilitado, com sinais de uma morte anunciada faltando saber quando isso poderá acontecer.
E mais ano menos ano esse líder ditatorial seguindo a escola familiar que passa o testemunho de pais para filhos, irá sucumbir á doença arrastando-se na fraqueza física que não olha a nomes e não escolhe idades secando o corpo onde entra e levando para o tumulo da escuridão a carne que devorou e para sempre a pessoa onde penetrou.
Mas continuando com a jogada Obamiana, numa preparação reservada às quatro paredes da Casa Branca, para que nada falhasse e lograsse o objectivo fulcral da missão. Obama chamou o homem que conseguiu uma imagem positiva enquanto liderou os destinos Americanos e a direcção de quase todo o mundo. Pegando nesse legado de boa imagem que Bill Clinton deixou como imagem de marca enviou-o rumo à Coreia, rumo ao País “inimigo”.
E Clinton não se fez rogado, apresentando-se como embaixador da boa vontade. Leva a missão como se desse a vida pela pátria e num assomo de real heroísmo consegue os seus intentos e juntamente com o líder coreano Kim Jong II, mostram ao mundo que no meio de difíceis entraves políticos se pode alcançar os objectivos da missão e ajudando com essa atitude, amenizar relações um tanto ou quanto tensas e revestidas de até agora incontornáveis soluções.
Kim Jong II, que apareceu para que todo o mundo o visse, sentado já carcomido pela doença, ao lado de Clinton num gesto de realçar. Acedeu a libertar as jornalistas Americanas condenadas a um suplício norte coreano de trabalhos forçados, mais psicológicos do que físicos e deu ao mundo uma gratificante imagem de humanidade, que como se sabe não é apanágio das suas ideologias.
Tudo acabou conforme os objectivos da missão.
Bill Clinton desempenhou heroicamente o seu papel com a experiencia que adquiriu em oito anos de liderança Americana. Soube levar as mensagens delineadas por Obama, de encontro ao coração martelado de insensibilidade do líder Coreano, que acedeu aos desejos Americanos, que se sujeitaram a ir apressadamente e rodeados de secretismo ao seu Pais numa de vassalagem para garantirem a liberdade de duas cidadãs Americanas.
Tenho em mente que Kim Jong II, obteve contrapartidas para compensar a decisão que tomou. Ninguém perdoa actos que visam a segurança de um País e logo um como a Coreia do Norte, por dá cá aquela palha. Mas não deixa de ser um acto de se registar.
Mas todos sabemos que Bill Clinton, aproveitou a sua viagem para não a resumir só à libertação das duas jornalistas. Também nas recomendações de Obama através da sua mensagem ao líder coreano estava considerações sobre as actividades recentes da Coreia e também os entraves políticos que separam os dois Países.
Tudo isto foi levado em linha de conta e no final de uma visita relâmpago e inabitual, visto que já lá vão quinze anos que nenhum alto representante Americano se desloca a Pyongyang, foi alcançado o êxito que os Americanos mesmo olhando às contrapartidas esperavam. E o mundo ficou convencido de que pode estar mais seguro, afastado de mais conflitos sangrentos que a nada levam, só buscam o horror do ser humano.
Como a esperança é a ultima a morrer, estou convicto que a Coreia do Norte mais cedo ou mais tarde, irá alinhar num sistema de liderança mais aberto ao mundo e isso pode chegar mais cedo do que supomos, porque o seu líder não vai durar muito e as sucessões de pai para filhos nem sempre obedecem à mesma rigidez que o progenitor faz ditatorialmente impor.

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