terça-feira, 4 de agosto de 2009
O Isaltino foi Condenado. Será o Inicio de Uma Viragem na Justiça
Chegou-me esta notícia ainda quentinha, logo que a sentença foi proferida.
Finalmente algum juiz condenou uma figura pública, antigo Ministro do PSD e rotulado de autarca, acusado de corrupção nadando em muitos euros, escondidos bem no coração da Suíça. Resguardados pelas caixas fortes inexpugnáveis a qualquer investigação, dado o sigilo que as envolve.
Um juiz de tomates, dizemos todos e assim é!
Um juiz que teve a coragem de condenar uma figura pública, antigo Ministro e que ultrapassou a barreira que centenas e centenas de colegas dele ao longo de longos anos não tiveram a coragem de assumir o preto no branco, ou seja: que se alguém com galões de pessoa importante cá do burgo é provado de corrupção, tem que ser punido como tal e só pode sofrer a pena correspondente aos actos que praticou, lesando quem apresentou queixa para condenar neste caso, Isaltino o autarca do pastel escondido na Suíça.
A maioria dos portugueses já se preparava para mais uma condenação baseada no já costume a que estamos habituados, na já célebre frase a que os mais consagrados já esperam: condenado a pena suspensa e todos vão para casa felizes e convencidos que foi feita justiça, numa justiça que nunca existiu para os mais endinheirados, porque as leis foram feitas para não condenar a corrupção. Porque quem as elaborou, deviam estar a pensar em eles próprios, porque são todos farinha do mesmo saco e toca a complicar o que à primeira vista parece de fácil compreensão, mas nos olhos dos astutos advogados de primeira água, pagos a peso de oiro, é sempre levantado o véu da incerteza, seja numa simples virgula que altera o sentido de uma frase, instalando a dúvida da incerteza dos factos.
Seja num ponto final, colocado estrategicamente para confundir a acusação dando á defesa essa arma que leva a que o arguido seja limpo das acusações e parta feliz para a sua vidinha, esperando meia dúzia de meses para a poeira poisar e lá estará a comandar mais uma vez uma câmara que lhe deu o sustentinho extra, para repousar serenamente na Suíça, para ser gasto nos longos anos da velhice, longe da rotina que lhe deu o enchimento do saco azul, mas perto dos paraísos turísticos que lhe reabilitam o corpo e refrescam o espírito, aliviando-lhe o peso dos anos.
Mas este juiz condenou o Isaltino!
Mas o Isaltino perante esta condenação que ele do fundo do seu coração, jura que é inocente. Vai numa correria desenfreada recorrer para todas as instâncias gritando a sua inocência.
E como sabe. Este Isaltino é deveras inteligente, que o tempo se vai arrastar nas apreciações dos recursos, já prepara a candidatura à câmara que tudo lhe deu, aqui neste Portugal plantado à beira-mar. E o que está bem guardado num País que nasceu bem no sopé dos Alpes cobertos de neve imaculada. Irá gritar até a voz lhe faltar aos pobres eleitores que é inocente e é alvo de uma campanha política só para o prejudicar.
Irá insinuar que o juiz é Socialista e como ele foi e é Social-democrata dos quatro costados, é fácil concluir que isto tudo tem dois terríveis objectivos: sujar o seu nome bem limpo num País onde ninguém é condenado por corrupção (pessoas limpas, dignas e ao serviço da Pátria como o seu caso) e sujar o PSD, tentando impedir o que já é certo a vitória nas eleições que aí vêem.
E se o Isaltino vencer em mais uma eleição da câmara que governa há mais de três mãos cheias de anos, teremos o homem do charuto cubano, recentemente condenado. Autarca, inacreditável para noventa por cento dos portugueses.
Presidente da câmara de Oeiras em pleno gozo da sua nomeação, assinando despachos no meio de umas charutadas, esperando pacientemente pelo resultado dos recursos para onde foi choramingar a sua inocência na esperança da redução da pena, que seria o milagre do Isaltino a não entrar nos calabouços dos condenados.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário