segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Domingo de Férias Que Não Termina Com as Férias





A manhã está fresca, agradável! As férias atingiram a metade já saboreada e a consolação de ter pela frente outro tanto para gozar os prazeres ainda escondidos e esperando verem a luz do dia para a atingir o apogeu da felicidade, que de tão simples que possa parecer, alimenta o ego e levanta a moral para enfrentar as encruzilhadas da vida. Que não está fácil e como tal à que estar preparado para todos os desafios que nos batem à porta de um momento para o outro.
O Domingo que passo em tempo de férias, é tão vasto que no final ao fazer o balanço fico com a sensação que cada hora é vivida duplamente.
Pela manhã ainda cedo agarro na bicicleta e percorro uma vasta zona e refugio-me nos locais de infância, que trazem belas recordações, onde o rio que mergulhava enquanto o calor apertava é sempre o local da primeira paragem e em cima da ponte que divide duas freguesias imagino-me garoto a nadar de um lado para o outro num vai e vem até cansar, já que era a zona mais funda do rio e como tal só os destemidos mergulhavam.
Bem ao lado do rio, hoje um campo onde o silvado esconde as marcas do tempo em que os putos do lugar de cima se batiam em despiques de ferir canelas os do lugar de baixo, em horas que se prolongavam até a tarde se recolher atrás da fabrica de moer a farinha que alimentavam o Conselho nos tempos dos avós de todos nós e já a cair aos pedaços devido aos longos anos inactiva e abandonada.
O almoço termina e a praia da Amorosa onde o cunhado tem casa que só a estrada a afasta da praia ali tão perto que se houve o mar a rogar que o abrace já que nos abençoou com água tão agradável que até parece mentira, nesta zona onde o frio constante nem deixa que a maioria dos banhistas molhe os calções, porque fogem logo a sete pés. E numa caminhada que começou timidamente, só termina no Cabedelo, num espectáculo deslumbrante de desportos, onde o surf, windsurf, bodyboard, jet-ski, enchem a praia de velas coloridas e de balões que salpicam o céu de beleza num festival de cor e formosura.
De volta a casa conversa-se da retoma de uma crise que altera a vida profissional do empresário actividade do cunhado e da necessária continuação do PS, como governo como solução partindo de mim, já que o PSD, não é alternativa, nem a solução para enfrentar os grandes desafios que nos continuam a bater à porta.
Deixo Amorosa e apanhando a fila dos banhistas que deixam as praias desde Amorosa, até Apúlia. Paro na Cabana restaurante típico bem juntinho às dunas, onde saboreio um arroz de marisco e recordamos os primeiros tempos de casados, que nos finais de semana nos dirigíamos à Cabana, a transbordar de paixão e fazendo juras de amor que se mantêm neste caminhar de construção de uma família unida e feliz.
A noite já cobre a estrada, mas ainda o dia não terminou e percorro mais uns largos quilómetros para encontrar um casal amigo que fica no cú do judas, mas a amizade como não tem preço, supera todos os obstáculos e numa hora matamos saudades e preparamos juntos a semana que não pode ser só farra.
Já é segunda-feira, quando caio no sofá, cansado mas feliz. Como uma fruta que já se vai tornando um habito e um tanto ou quanto desanimado verifico que o meu Benfica apesar de uma luta titânica para furar as redes adversárias, mais não fés do que empatar um jogo que só podia terminar em vitoria.
Mas como de futebol ninguém vive (os que por fora vivem os seus clubes), não é motivo para manchar um dia cheio de prazer e alegria. Porque as pequenas coisas da vida, são o garante da plenitude da satisfação que alimentam o dia-a-dia.
E o consolo da cama, mais a companhia que se encosta num abraço que diz tudo, acabo por adormecer mergulhado num aroma apaixonado que me embala até os primeiros raios da manha fresca e agradável me empurrar cama fora rumo à vida para aproveitar o dia!

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