quarta-feira, 22 de julho de 2009
A chuva vai Inundar os Caminhos já Ressequidos
Chove à mais de uma hora a um ritmo que não deixa meter o pé fora de portas.
Estamos em pleno Verão e a chuva brinda-nos com uma força a ter em conta.
O filhote foi para a praia, mas de certeza que não irá por os pés na areia! Já que pelo caminho que o separa da praia sentirá a força da chuva a bater nas janelas do autocarro e o deixará com toda a certeza desanimado e triste.
Uma chuva que pode ser abençoada!
Rega os campos dos agricultores que possuem as suas hortinhas que nesta fase alivia as consciências que tanto pesam por nada ter nos bolsos já rotos de tanto enfiar a mão na busca do pequeno milagre mas que só aparece os dedos a tocar na perna fria.
Mas também vai regar os grandes campos dos donos das boas herdades que darão erva fresca ao sustento dos seus investimentos tanto para alimentar o povo cada vez mais faminto, como também para criar os animais que nesta época de Verão animam as dezenas e dezenas de praças para alegria do povo.
Acalmam os incêndios já activos de Norte a Sul do País, dando descanso aos bombeiros, evitando despesas com os meios de combate e pondo mais enervados os incendiários que já se escondiam bem dentro das matas para a qualquer momento lançar a devastação em forma de enormes bolas de fogo que reduzem a cinza o pulmão que nos dá o oxigénio cada vez mais raro.
Limpa os rios e os canais de detritos industriais e não só. Já que os rios continuam a ser o deposito do entulho humano, que a muitos deles é o esconderijo da cobardia e da ganância que os liberta de pesos da consciência, mas que tempos mais tarde, regressam como a prova do crime sem contemplações.
Afugenta as poeiras que baloiçam na atmosfera e com isso limpa o ar, renovando-o para respirarmos melhor e quem sabe transporta o vírus pela velocidade da agua que vai desaguar nos confins do oceano. Que tantos sustos tem dado, numa Sociedade mundial a pensar usar a mascara como acessório diário para se proteger do vizinho do lado que num acesso de tosse, pode dar boleia ao vírus a arranjar lar noutro estremo da localidade.
E a chuva continua a cair certa, certinha, sem aberturas de anunciar o seu fim.
Os ninhos dos beirais das casas são destruídos pela força da chuva indo desaguar nas possas de água, que a água dos caleiros fez aparecer.
Vão-se os ninhos e as pobres crias sem defesas para se salvar do autêntico mar de água que lhes invadiu o lar sem apelo nem agrado.
A manha aproxima-se do fim e a chuva quer acompanhar o resto do dia. Criando um desconforto, que se junta ao desânimo que o País nos traz. Sem aberturas para alegrar os Portugueses em soluções para ultrapassarmos as barreiras que impedem de destravar a recessão rumo à caminhada final, que já sabemos longa e aos solavancos, mas a caminho, a caminho.
Entretanto as noticias hora a hora, reflectem o porquê disto tudo!
Eles continuam a ser chamados para serem ouvidos em audiência, porque a cada passo, vão-se descobrindo, o pantanal de negócios com contrapartidas de fazer ver um cego, que os arguidos hoje já conhecidos andavam metidos.
Eles são meia dúzia, mas todos sabemos que mais uma dezena de meia dúzia, estão a coberto de muitos interesses e assim sendo. Vão-se safando da condenação pública e vão dando bitaites ávidos pelos holofotes da projecção numa de conselheiros sociais.
Entretanto já todos se lamentam desta chuva. Veio abençoada, mas já está a causar muitos danos e é hora de parar e resguardar-se para voltar no início da próxima semana.
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