quinta-feira, 16 de julho de 2009

Santana Lopes não Dorme mas Pouco Descansa Visando a Liderança


O Verão timidamente entra nas nossas vidas. Anunciando o calor que irá transportar e que nos vai assar os neurónios nestas férias com os mesmos dias, mas com menos dinheiro que em anos anteriores.
Mas o verão das autárquicas já entrou em canícula lá para os lados da capital.
Santana Lopes sempre ele, a enfrentar tudo e todos apostando na presidência da edilidade lisboeta, como a salvação de uma carreira politica, nesta fase na mó de baixo, mas com ganas de a levar ao patamar com vista para o Tejo, de onde partiram antes líricos sonhadores e voltaram heróis conquistadores.
Santana tem nestas eleições o maior de todos os desafios de uma carreira politica, que despontou ainda era um jovem de farta cabeleira e voz trambiqueira. Pela mão do símbolo dos Sociais-Democratas, desaparecido prematuramente num oceano de casebres ainda dentro da capital.
Santana agarrou-se a Sá Carneiro e galgou os degraus da politica não um a um, mas dois a dois e não levou tempo a ser visto como o discípulo do apostolo, pronto a juntar-se à equipa que iria por muitos anos liderar os destinos do nosso país.
Mas a desgraça aconteceu! E ainda hoje de contornos pouco transparentes e Santana ficou sem o seu chefe de fila, sem o seu pai político e sem a mão para se aconselhar.
Depois dessa infelicidade, Santana apanhou sempre o autocarro da discórdia!
Adorava o confronto político. Adorava lutar sozinho e ter a comunicação a segui-lo ávida por escaramuças politicas e não só.
Restou uma certeza! Pouco ou nada ganhou para relevo da sua imagem já enrugada em linhas de insucesso.
Foi Ministro da Cultura onde falava mais para as televisões do que mostrar medidas de relevo numa área sensível e pouco dada a investimentos de um país sem recursos.
Foi Presidente de Câmaras. Primeiro a da Figueira de pouco relevo nacional, mas trampolim para aí sim, a única vitoria de encher a barbela de Santana e de grandes alardes de luxo. A capital a isso obrigava pensava ele, desbaratando o pouco pecúlio que ainda existia e engordando as dívidas aos fornecedores como o País ao FMI.
No meio deste festim camarário, embandeira nas lutas internas sucessivas dentro do PPD/PSD, como bem gosta de frisar.
Chega a Primeiro-Ministro pela mão do bom Barroso, autentico Sá Carneiro dos nossos dias.
Sem ganhar eleições, foi Primeiro-ministro já tentando imitar Berlusconi, mas Sampaio puxa-lhe a cadeira e o tombo foi mais rápido do que o aquecimento da mesma cadeira.
Agora, agorinha mesmo prepara-se para ver de novo o Tejo, ao mesmo tempo que quer assistir à inauguração das grandes obras do Terreiro do Paço.
O seu grande adversário (mais um), apresta-se para obter a maioria do consenso antes das eleições. Não deve ser nada que meta medo a Santana Lopes, habituado que está a enfrentar opositores de papo cheio com maiorias de intenções de lhe darem o voto. Mas quando assim aconteceu sempre perdeu.
Tem a vantagem de gozar com o desgaste do PS e da derrota nas Europeias, como trampolim para disputar estas autárquicas palmo a palmo centímetro a centímetro.
Será que o seu charme chegará para vencer?
O seu território é em Lisboa bem por dentro do jete – sete, que ainda tem poder para mexer os cordelinhos e transformar calhaus do Castelo São Jorge em votos Santanistas.
Haver vamos se Santana, tem arcaboiço para vencer uma Câmara já bem conhecida, mas que a deixou a naufragar bem ao largo do Tejo ainda com lascas de granito do terramoto já longínquo. Repousando no seu fundo esperando transformar-se em pão e ser descoberto por Santana de boca aberta, em mais um milagre que já tem barbas na nossa historia, para doar aos pobres.

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