domingo, 5 de julho de 2009

O Melhor é Cada um Olhar por Si


Vivemos os dias intensamente, de uma semana que começou com o final de um mês, onde já milhares encabeçam os cadernos do desemprego.
Outros tardam em receber o seu salário.
E muitos mais vão entrar em layoff, já que não existem encomendas que consigam fazer as empresas laborarem todos os dias. E assim possam manter os empregos, enquanto a confiança dos investidores não sobe para fazer descer a crise mundial.
São os sinais desta crise impiedosa que como diz o dono do BES, a culpa é dos banqueiros!
Mas a meio desta mesma semana o Ministro das Finanças, ainda sem imaginar que virou bombeiro para acudir a vários fogos à mesma hora. Veio a publico informar que a crise já passou e a retoma deixou de ser uma utopia para dar lugar á realidade.
Um dia depois, João Salgueiro alerta que mesmo que a retoma se instala nos países desenvolvidos, Portugal continuará em crise.
E andamos nisto! Uns dizem que voltamos a ver a luz ao fundo do túnel.
Outros logo vêm a correr, alertar que a crise está para durar. Porque a luz só irá ser para alguns, dos muitos que na escuridão tacteiam para encontrar as frinchas da porta da salvação.
O melhor é cada um olhar por si e sentir ou não melhoras, no dia-a-dia que tem que enfrentar para ganhar o sustento da família.
Entretanto para esquecer um pouco este emaranhado de necessidades e apesar de tudo, darmos graças a Deus por cá andarmos, já que nos livramos da má sorte de mais um avião que teve como pista final o oceano que num curto espaço de tempo foi o fim da vida para centenas de pessoas que sem darem por isso foram ao alto mar e de lá não voltaram com vida.
Salvou-se uma miudinha que desafiou o destino como a dizer ao mundo, que acreditem em milagres, que eu vos digo que eles existem e andam a rondar este planeta.
Esperamos que eles surjam e que matem, não salvem a vida. Desta crise que aos poucos vai afundando também em mar alto milhões e milhões de vidas, sem uma simples bóia para tentarem a salvação.
Entretanto o País assistiu ao desnorte do Ministro da Economia e num assomo de desgaste não contido, já que cada passo é dado no fio da navalha. Rebentou com a comporta que sustinha o stress acumulado de anos intensos de chuvas de desempregados. E descarregou-os em local altamente proibido onde a Democracia ainda dita leis, numa soberania incontestada. Levando com a demissão como o único caminho a seguir de um Ministro que não nasceu para ser politico.
Entretanto o vírus que nasceu no México e já anda à boleia dos humanos por meio mundo, multiplica-se como os mosquitos e já faz vítimas a cada dia que passa, mantendo o mundo estupefacto, ainda não acreditando que pode chegar a casa de qualquer mortal seja rico ou podre, basta estar no local errado à hora errada.
Não tarda, andamos todos de mascara para evitar o mínimo gesto de uma boca de alguém bem próximo.
Já estou a imaginar a população de mascaras de todas as cores e feitios. Publicitando as melhores marcas e projectando o mundo do marketing.
Não estou a brincar! Tudo é possível. Neste mundo que arrota insensibilidade. E já agora a ideia é minha!
Findou-se a semana com a morte da esperança de milhões em mais um jackpot no Euromilhôes, única almofada de conforto e de sonhos até às vinte e uma horas, de um final de semana que leva alguns a endoidecer com tanto dinheiro de uma só vez. E milhões a olhar para o boletim na ínfima esperança que os números que lá estão dêem lugar aos números que foram premiados. Mas resignados, esperam por melhor sorte e sexta-feira será a volta da esperança que é sempre a ultima a morrer. E quem sabe, poderá ser o meu e de quem joga, o grande dia.

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