terça-feira, 14 de julho de 2009

Na Sociedade de Hoje não Desabrocha Líderes Natos


Um dos grandes entraves à construção de dinâmicas associativas tem a ver com a juventude dos nossos dias.
A juventude não adere ao associativismo, acho que deixou de ter “pachorra” para isso.
É uma juventude apática, insensível.
Uma juventude virada para a vida fácil do deita tarde e tarde se levanta!
Uma juventude fechada em si mesma, abrindo-se para dentro das novas tecnologias!
Formando pequenos grupos, para marcar território e assim oferecer poiso seguro aos que esfrangalham a Sociedade em delitos ferozes, que deixam marcadas tatuagens de sangue nos corpos dos infelizes que se atravessaram nos seus caminhos.
A Sociedade de hoje não desabrocha líderes natos!
Que trabalhem de forma voluntária, compreendam a importância dos valores éticos e culturais, que regem o movimento associativo, gostem do associativismo e tenham disponibilidade para as tarefas e problemas das Associações.
Vemos o exemplo dos vários pólos de faculdades em que o líder associativo nem de longe nem de perto se equipara aos presidentes de há uns anos. Autênticos defensores das suas Associações. Sempre prontos para virem para a praça pública, reivindicar o que estagnava o ensino e hoje, fundamental esse líder numa fase de grandes transformações.
A Sociedade fez nascer a flexibilidade e com ela a insegurança social que baralhou os horários de trabalho, desorganizando cada vez mais a vida social e familiar. Tornando-se cada vez mais difícil, encontrar tempo para espaços de convívio e para actividades não remuneradas.
Os meios de comunicação repelam e desprezam os ideais da solidariedade e da dedicação voluntária. Porque só lhes interessa, cada vez mais o sensacionalismo, o sucesso individual e o individualismo em detrimento do trabalho colectivo.
Assim sendo, só vencemos se apoiarmos os jovens!
Porque é através deles, que poderemos e devemos preservar o associativismo.
É no seu saber que está o futuro das Associações e o futuro do Mundo
É imprescindível uma prospecção atenta por crânios experientes nestas andanças, aproveitando todas as manifestações de âmbito cultural, desportivo, intelectual etc. …
Para tentar desabrochar nesse meio, o bichinho que ainda existe dentro dos jovens para poderem assumir o associativismo como uma forma de realização Social e até mesmo profissional, dado que muitos líderes associativos, viram abrir-se as portas da sua vida profissional, devido ao labor associativo.
No meu tempo de jovem pertenci a várias associações, politicas, culturais, populares.
Nada tirei de benefícios económicos, pelo contrário, na maioria delas tive que contribuir com o dinheiro dos meus pais e depois do meu quando comecei a trabalhar. E foi aí que comecei a crescer como homem!
Foi no associativismo que aprendi as lições básicas da vida. Como cozinhar, cantar, discursar para plateias, praticar desporto, enriquecer a minha capacidade intelectual. E acima de tudo aprendi o sentimento da amizade, e mais de que tudo, o ajudar o próximo para que um dia também alguém me ajude se for caso disso. Porque ao longo da nossa vida à sempre um momento que precisamos de um simples sorriso, ou de uma mão amiga que nos ampare para não cairmos num lamaçal de ingratidão.
Mas isso foram outros tempos! Tempos de verdade. De humanidade. E de Associativismo.

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