segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os que Afinal sempre Eram Apontados com o Dedo



As figuras que até à pouco tempo nos governavam, algumas das quais já tinham caído no esquecimento e nem delas se ouvia falar, estão por esta altura nas bocas do mundo confinadas a arguidas no tão badalado directa ou indirectamente slogan, que já virou novela o BPN.
Situação impensável até há pouco tempo onde constituir arguido um ex ministro era uma utopia. Hoje eles caiem como tordos e só esperamos o grosso da opinião pública, que os julgamentos condenem os prevaricadores com penas efectivas e não com a já famosa pena suspensa, que não é mais que uma libertação na prática.
Já que na teoria embora seja condenado, mas com o decorrer do tempo tudo se apaga no lamaçal dos desaparecimentos misteriosos que deixam de provar o que quer que seja.
Imagino com alguma satisfação, toda a correria dos arguidos!
Contratar os melhores advogados indicados pelos amigos que não perderam, no tempo que eram Ministros. Onde tudo conheciam e em alguns casos alguns protegiam.
Destruir provas que poderiam incriminar a mais que provável tentativa de provar que tudo é verdade do que lhes acusam. E destruindo, aclamam que não tinham nada a haver com o que lhe acusam e como tal estão de consciência tranquila. Porque infelizmente existe sempre alguém que avisa, que alguém vai bater à porta do próximo arguido (que só muitas horas mais tarde saberemos) e esse mesmo arguido, que ainda não o é, tem tempo para se desembaraçar de provas comprometedoras e enfrenta a comunicação com aquele ar de inocente, que nada fez e que está a ser vitima de uma tramóia com fins políticos.
Haja o necessário reconhecimento, que se está a trabalhar na procura de julgar os implicados em actos altamente lesivos, numa forma de vincar que quem está acima da lei, tem que arcar com as consequências dos seus actos recentes, ou já com teias de aranha perdidos num tempo não muito distante.
Mas também é verdade que a crise madrasta salteadora do bem social que legitimamente deveria ser apanágio de uma sociedade justa e humanista. Contribuiu para que se corresse em busca dos corruptos, quanto mais não fosse para acalmar o povo depenado das suas poupanças e emagrecendo da falta de sustento devido à fuga do emprego e às constantes ameaças dos bancos aflitos para lhes levarem também os ossos.
A tudo isto a Sociedade assiste já resignada com tamanha calamidade Social.
Uns roubam para se alimentarem! Os espoliados da Sociedade.

Outros roubam para alimentar os vícios impregnados num corpo habituado à boa vida! Habituados a terem tudo de mão beijada.

Outros mais, dentro do mesmo cariz, roubam por roubar, fazendo dessa arte o seu modo de vida! Tornando-se altamente violentos sem pejo em matar o pobre inocente.

E por fim os que roubam de colarinho branco!
Já são donos de toda a freguesia que os viu nascer. Riscam e cortam a seu belo prazer.
Mas a ganância de: se for para mim não vai para o outro. Leva-os a fechar os olhos e quando os abrem são presenteados com chorudos embrulhos que lhes enche a alma de êxtase incontido e não se apercebem, que um dia todo esse encher do saco com subornos e negócios ilícitos serão por fim reprimidos. E com ou sem alertas dos grandes amigos, serão os bodes expiatórios de uma Sociedade, que bem sabe que os grandes tubarões irão sempre se refugiar em aguas calmas e profundas e só serão chamados à justiça depois de deixarem os altos cargos públicos e políticos que lideravam.

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