domingo, 24 de janeiro de 2010

Domingo Belo Domingo



O sol despontou pela manhã! Trazia a certeza de ter vindo para ficar pelo menos uns dias a fio e tão aguardado ele era.
Saí de encontro a ele! Aí que saudades ai, ai!
Estava com um sorriso de orelha a orelha e lá fui até à beira-mar, num passeio matinal com a companhia da minha jovem e com o sol a bater nos vidros e a brilhar de encontro aos rayban já com muito tombo, mas que me acompanham para todo o lado, quando o sol pega de estaca e tenta ferir os meus olhos claros.
O mar estava calmo e o tempo espectacular!
Dei uma olhadela ao peixe que se encontrava nas bancas e lá fui observando os Robalos em todas as bancas, o sável para cima de quilo e meio, as fanecas bem grandes, o sargo de vários tamanhos, as pescadas bem fresquinhas, uma corvina de mais de três quilos e sapateiras ainda a esticar as pernaças.
Enfim peixe para todos os gostos, mas de preços elevados, que não deixavam muita margem para escolher.
Esperei que a azáfama passasse e num passeio pela marginal, observei o mar bem calmo, com o areal bem largo, onde algumas pessoas passeavam os cachorros e davam largas ao amor que tinham pelos animais.
E assistia ás correrias que entravam pelas ondas que subiam o areal e ás festas que lhes faziam que acabavam em saltos e lançamentos de paus trazidos em segundos já que nem na areia tocavam.
Tomei um café na esplanada da praça e admirei a enorme rocha bem dentro do mar que amparava a onda num rebentar de esguichos esvoaçantes, que davam uma beleza estilhaçante de espuma branca que se extinguia no ar.
Namorei um pouco entre caricias e apertos. Sob um sol maravilhoso que convidava a um sorriso e a uma troca de olhares apaixonados que terminavam num beijo prolongado e delicioso.
A hora avançava e voltando ás bancas do peixe rematei dois robalos e um sargo para três refeições. Entre peixeiras que queriam que trouxesse tudo ao preço da chuva.
Regressei para junto do resto da família e numa refeição partilhada, com conversas que se cruzavam entre todos e originavam que o mais novo ficasse triste porque ninguém o deixava falar, voltei de novo a sentir o sol, antes que ele se fosse para lá das montanhas e desse lugar a esta noite, que trouxe o frio, mas também a certeza de que amanha o sol voltará para nos fazer companhia.

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