quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Rebentou a Bomba



Estava camuflada no segredo para muitos e certezas para alguns.
Mas de um momento para outro, elas aí estão ao serviço de quem as quer ouvir. E só vem provar o que todos nós já sabíamos.
Conversa daqui, resposta dali, com perguntas pelo meio, dá-nos uma salada de frutas, de toda a espécie. Desde a exóticas tropicais, às de cá do cantinho, de encher o olho e sem deixar duvida ao comum dos mortais.
Todos trataram de se defender, o melhor que soube! E no final, ainda as escutas estavam camufladas no cesto da fruta. Todos foram ilibados e os processos arquivados, pelo menos os de nomes sonantes, já que estou para ver neste país quem é condenado com a figura estampada nos caminhos da nossa sociedade, onde uma palavra pode ser sinónimo de obra realizada.
Alguém lançou estes diálogos de linguagem brejeira durante a madrugada, já que pela calada da noite pouca gente está alerta. E logo pela manha a bomba foi descoberta e num deflagrar intensivo, autentico terramoto que abala qualquer torre que esteja firme, desencadeou uma procura incessante.
Agora passadas poucas horas do seu lançamento, a grande maioria da população já se inteirou da novela do apito e toca a ser conversa de café. De intervalo para pausa no trabalho. E até de beatice nos balneários dos históricos adversários.
Já quem se sente lesado por tamanha ousadia, correu célere a processar o homem aranha que conseguiu sacar tamanho tesouro, já considerado segredo de estado.
Até alta figura da nação já deu ordens para se proceder a um inquérito rigoroso para descobrir os culpados de tão hediondo acto. E toca a reunir as tropas para sair à rua e apanhar os prevaricadores.
Só espero que o homem aranha que trepou as paredes e sacou o saco do apito, tenha a noção, onde foi meter o nariz.
Senão, terá o resto da vida infernizado e irá rezar a todas as santas, para o esconder bem longe, nem que seja nos escombros do terramoto. E mesmo aí será encontrado, nem que para isso seja necessário levantar toneladas e toneladas de betão.
Abriu-se um procedente, não importa o porquê!
Espera-se que outro homem aranha, traga cá para fora, outras escutas. Que encheram paginas e paginas dos jornais e com abertura de TV’s, em processos que encheram o olho do povo, para ficarmos a conhecer até onde vai o á vontade de pessoas que pensam que o mundo é deles e podem comprar tudo e todos.

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